Esses tempos li um livro que fala sobre o poder da curiosidade na vida das crianças! De como o questionar, o perguntar, o vivenciar é importante para eles. Concordo em muitas coisas com o livro, mas, em uma coisa, o autor não foi sincero.
Chega uma hora que a gente cansa de tanta pergunta e isso acontece quando a fase do porquê chega.
É impossível estabelecer uma conversa com a Lívia sem que um porque surja no meio do caminho. É porque pra lá, pra cá, para todos os lados. E o pior é que não há momentos, às vezes não pode esperar eu tomar um banho ou tem que ser bem na hora de dormir.
Na última noite ela queria saber o que fez a Ariel virar uma sereia. E não adianta responder que porque sim ou não. Ela quer os motivos, levanta mil teorias e faz outros infinitos questionamentos.
Às vezes me sinto o próprio Google, servindo apenas para responder à Lívia. Outras vezes tenho que recorrer ao sistema de pesquisa para dar conta de tanta pergunta. A curiosidade é linda, faz ela desbravar o mundo, mas alguns dias eu queria só passar um segundo sem responder o porquê.
Enquanto escrevo o texto de hoje da coluna ela já veio aqui e me perguntou o que estou fazendo e, adivinhem só, o porquê. Disse que era porque queria conversar com outras mães e saber se elas sofrem, assim como eu, com esse tanto de perguntas. É, Google, agora eu sei como você se sente!
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