Cinco parques da Capital receberão clássicos do cinema ao ar livre
Forma de expressão artística na qual outras artes como música, teatro, literatura, fotografia, entre outras, se convergem, o cinema se firmou como uma das grandes expressões culturais da contemporaneidade. Para mostrar suas linguagens e potência, o cineclube Transcine – Cinema em Trânsito inicia a edição Parques de Campo Grande, onde exibirá filmes do início da história do cinema gratuitamente em áreas de lazer públicas da Capital.
O primeiro espaço público onde ocorre a exibição é o parque Tarsila do Amaral, no bairro Vida Nova. Os filmes serão apresentados na sexta-feira (1° de outubro), a partir das 18 horas, e no sábado e domingo (2 e 3 de outubro) haverá uma oficina de linguagem audiovisual, com o arte-educador Gabriel Lima, voltada a jovens que moram na região. Os interessados podem se inscrever no dia da exibição com a coordenação do evento, de forma gratuita. As vagas são limitadas.
Após o Vida Nova, a praça do José Abrão irá receber o cineclube nos dias 15, 16 e 17 de outubro, com exibição de filmes na sexta e oficina no sábado e domingo. Nos dias 29, 30 e 31 de outubro será a vez do Memorial da Cultura Indígena Cacique Enir Terena, na aldeia urbana Marçal de Souza, situada no bairro Tiradentes, sediar as atividades.
Em novembro, nos dias 12, 13 e 14, o parque Ayrton Senna, no bairro Aero Rancho, que receberá o cineclube e nos dias 26, 27 e 28, a edição Parques de Campo Grande finaliza o circuito no parque Jacques da Luz, nas Moreninhas.
“O Transcine tem como meta ser um cinema em trânsito, não é levar o público à exibição e sim a exibição ao público, deixando a sala escura do cinema e fazendo uma integração e ressignificação do lugar ocupado”, explica uma das idealizadoras do projeto, Cátia Santos que complementa, “Transcine é uma provocação na exibição”, ao citar uma fala do criador do cineclube, Givago Oliveira.
Em novembro o cineclube completa 9 anos de existência e com essa edição continua cumprindo seu objetivo inicial, que é transitar pela cidade de Campo Grande e propor experiências para a população com a prática de ver e fazer cinema, valorizando os espaços públicos. “Dessa vez, descentralizamos o projeto e escolhemos parques distantes, nos bairros em que a população tem mais dificuldades de acesso ao cinema”, afirma Mariana Sena, que também idealizou o projeto.
Serão exibidos filmes do início do cinema, produções do fim do século 19 e início do século 20: documentários dos irmãos Lumiére; Viagem à Lua, de George Méliés; O Homem com a Cabeça de Borracha, de George Méliés; O Grande Roubo do Trem, de Edwin Porter; As Consequências do Feminino, de Alice Guy; O Diário de Glumov, de Sergei Eisenstein; e Um Cão Andaluz, de Luis Buñuel e Salvador Dalí.
“Escolhemos filmes do início da história do cinema para mostrar como eram feitas essas produções, mesmo com as dificuldades e falta de recursos era possível fazer. E cinema é a arte da visão, estes filmes nos ajudam na percepção do espaço como imagem, dando suporte nas produções artísticas e direcionando sobre a importância do que filmar e o porquê filmar”, pontua Mariana.
Oficina de linguagem audiovisual
Em todos os finais de semana do projeto serão realizadas oficinas de linguagem audiovisual, ministradas pelo arte educador Gabriel Lima, além das cineastas que fazem parte do cineclube. “A ideia deste projeto é propor experiências com a prática de ver e fazer cinema. Assim, durante os três dias proporcionaremos às pessoas que participarem uma imersão cinematográfica”, esclarece Cátia.
A oficina terá um formato dinâmico e será oferecido um guia de linguagem audiovisual aos inscritos. Durante a parte teórica será trabalhado conteúdo sobre os diferentes aspectos da linguagem audiovisual, sua história, evolução das narrativas e a tecnologia envolvida nessa experiência.
Ainda será ministrado conteúdo sobre a sensibilização do olhar, detalhando os aspectos importantes da composição fílmica e ao mesmo tempo a relação com o outro, com o espaço e com as diferenças que o compõem. Na parte prática o aluno irá aprofundar esse olhar produzindo curtas-metragens, intitulados “Vidículos”, no próprio parque. As imagens serão captadas através dos celulares e/ou câmeras, de acordo com o instrumento que o inscrito tiver em mãos. Esses filmes serão divulgados nas redes sociais do projeto.
“Vamos utilizar a história do cinema para trabalhar temas diversos com o intuito de envolver os espectadores e suas necessidades de identificação, proporcionando a formação de um novo olhar por meio de trocas de experiências e assim fomentar a diversidade das expressões culturais, os diálogos e participação social”, finaliza Cátia
Essa edição do Transcine foi contemplada com recursos do FMIC – Fundo Municipal de Investimentos Culturais, via aprovação em edital de 2019, da Sectur – Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, por meio da Prefeitura de Campo Grande.
Para mais informações acesse as redes sociais do projeto: Facebook (@transcinecg) e Instagram (@transcinecg), ou pelo whatsapp 67 98413-3442.
Serviço: O parque Tarsila do Amaral, onde haverá exibição do Transcine no dia 1° de outubro a partir das 18h e nos dias 2 e 3 terá a oficina de linguagem audiovisual, fica na rua Santo Augusto, S/N, Jardim Vida Nova.
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