A cada coluna que eu escrevo, fica mais difícil eu lembrar boas histórias do Luke, isso porque eu tenho uma memória de peixe dourado e esqueço a maioria delas, mas uma cena na última semana me fez pensar no texto que escrevo hoje.
Estamos em uma época de chuvas e isso faz com que neste momento em que escrevo o texto, o Luke esteja ao meu ladinho soltando o que chamamos de mugidos. É uma exclamação diferente, mistura de miado com mugido e demonstra a total frustração canina. É mais umas das excentricidades dele.
Luke é um exemplo de excentricidades puras: ele ama alface, cenoura e outros legumes, mas contanto que eles sejam "servidos" no lixo. Vive tentando roubar qualquer coisa da lixeira e acredite, ele não come verduras limpas e oferecidas para ele… acredito que o grande desafio de pegar o lixo sem ser descoberto tempere a comida melhor.
Ele também não gosta que o centro da atenção seja outra coisa, quando estou trabalhando no computador eu levo infinitas cabeçadas nos braços e já tive que fazer malabarismo com o laptop.
Luke gosta de dormir, odeia que os outros dormem. Caso você durma na sala e ele esteja acordado, ele vai lamber sua orelha, cheirar seu corpo e até mesmo enfiar a carona dele na almofada que você usa para cobrir o rosto. Por quê? Porque ele é o Luke e faz coisas inexplicáveis.
A última da série aconteceu na semana passada. Nossa casa tem uma janela que dá para a garagem e geralmente meu carro fica parado em frente a essa janela. Eis que depois de uma grande chuva, soltamos o Luke e pouco tempo depois ele estava com as patas apoiadas no capô do veículo.
Fui olhar qual era a nova ideia, ou se havia alguma coisa no carro, quando percebo que é o novo jeito que ele escolheu para beber água. Ficou lambendo até que sua "sede" de excentricidade passou.
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