Luke é um cachorro que não se movimenta muito, que não pulava muito e que sempre dava umas corridinhas e parava.
Isso é porque desde filhotinho ele convive com um pouco de dor. Luke tem displasia, que em uma explicação superficial e leiga é: o mal encaixe do quadril no osso do fêmur dele e que provoca desgaste da cartilagem.
Sabemos desde que ele tinha 8 meses e descobrimos por que aqui em casa todo mundo observava BEM o bicho. Ele começou a não pisar direito com as patas traseiras, ele parava todo torto e as almofadinhas da pata dele, que deveriam ficar para baixo, acabavam ficando para frente.
Fizemos um raio X – eu e minha mãe apanhamos muito pois não anestesiamos ele- e depois levamos à antiga veterinária. Ela falou que era displasia e começamos a olhar o Luke com mais cuidado ainda.
A primeira vez que ele entendeu que era diferente foi quando em um acesso de energia saiu correndo pelo quintal e não viu um degrau. Bateu o quadril e foi uma das cenas mais dolorosas de assistir. Desde este dia ele resolveu ser mais tranquilo nas brincadeiras.
Em 2020 vimos uma cena bem dolorida. Ele mancando com a patinha, saía pulando apenas com as outras três. Com esse sinal entendemos que havia chegado a hora da cirurgia.
Luke operou uma semana antes da pandemia chegar. Levamos ele para raio-x, deram anestesia e ele ficou um cachorro muito engraçado com o efeito das dorgas. Saiu reclamando e vocalizando do consultório até nossa casa.
Depois disso, numa quarta-feira ele entrou na faca. Tudo ocorreu bem e no final da tarde a Bárbara Bastos, a Vet do Luke e dona do Amore Mio, já estava mandando vídeo dele recuperado.
Depois da cirurgia ele entendeu que podia pular e correr, mas por mais que ele não sinta mais dor, ele dificilmente corre ou fica pulando. Mas isso é por que ele é meio preguiçoso mesmo.
Exceto quando dá a louca e ele te acerta bem onde mais dói.
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