Mdou Moctar lançou na sexta “Tears of Injustice”, a versão acústica de Funeral for Justice. É uma evolução do sucesso da banda, adorado pela crítica - a imagem espelhada do original.
A banda também compartilhou uma nova sessão ao vivo, “The Agadez Folders: Live at Mdou’s House”. A apresentação de 20 minutos apresenta três músicas - "Takoba", "Modern Slaves" e "Funeral For Justice" - filmadas no ano passado na casa do guitarrista no Níger. "Essa foi uma das primeiras sessões que gravamos na viagem a Agadez", explica o baixista e produtor Mikey Coltun. "Queríamos que ela fosse descontraída e confortável, então, quando nos reunimos, a casa de Mdou parecia o lugar perfeito para filmar interpretações acústicas das músicas de 'Funeral For Justice'. Como em todas as sessões que filmamos no Níger, os amigos pararam e se juntaram a nós, muitas vezes batendo palmas e cantando."

Tears of Injustice nasce de uma catástrofe nacional. Em julho de 2023, Mdou Moctar estava em turnê nos Estados Unidos quando o presidente do Níger, foi deposto e Mdou, Ahmoudou Madassane e Souleymane Ibrahim foram impossibilitados de voltar para suas famílias. Os planos de gravar um complemento para Funeral for Justice – que na época ainda estava a muitos meses de ser lançado – já estavam em andamento, mas a ideia agora assumia uma nova urgência e gravidade. Dois dias após o término da turnê na cidade de Nova York, o quarteto começou a gravar Tears of Injustice no Bunker Studio, no Brooklyn, com o engenheiro Seth Manchester.
Eles escolheram gravar Tears sentados juntos em uma sala, mantendo a sessão solta, despojada e espontânea. Depois de um mês, a banda pôde voltar para casa no Níger e, quando o fizeram, Coltun deu a Madassane um gravador Zoom para levar consigo. O guitarrista rítmico o usou para gravar um grupo de tuaregues fazendo vocais de chamada e resposta, que mais tarde foram adicionados à mixagem final.
Em Funeral for Justice, a raiva contra a situação do Níger e do povo tuaregue é claramente expressa no volume e na velocidade da música.
Em Tears, as músicas mantêm esse peso sem amplificação. Elas estão impregnadas de tristeza, transmitindo o pesar de uma nação presa em uma constante agitação pela pobreza, exploração colonial e revolta política. É a música de protesto tuaregue em sua forma mais crua e essencial.
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