O que o BBB21 nos ensinou? Acredito que em primeiro lugar, não seja o tipo de pessoa que aponta o dedo no rosto da outra, não julgue o coleguinha sem conhecer o outro lado da história, não vista um papel de vilão, porque a vida uma hora vai te tombar.
Claro, meus queridos. Tivemos outros ensinamentos. Mas não poderia começar esse texto com outra pauta, a não ser a inicial do programa deste ano: o cancelamento.
Até que ponto o medo de ser cancelado pode nos cancelar? Até quando a opinião do próximo vai pesar tanto em nossas vidas? Até quando o egoísmo vai ser superior a empatia? Até quando a nossa imaturidade nos dará rasteira?
Foram tantos questionamentos gerados no Big Brother Brasil 21. Quem é fã do programa criticou muito o elenco. Outros fãs o consideraram histórico. Eu assisti tudo e confesso; sofri nas provas, vibrei, sorri, chorei, me emocionei, gritei, torci como se fosse final de copa do mundo. E vou falar mais, - eu não era fã do programa desde o ano passado, quando o mesmo virou nosso entretenimento em plena pandemia.
O BBB é um experimento social incrível. Jogam uma galera dentro de uma casa e deixa eles conviverem com todos os defeitos, qualidades, singularidades. Nem sempre o santo bate de primeira. Às vezes nem de segunda ou terceira. Mas às vezes, ele acerta em cheio.
Não digo em relação aos corações apaixonados. É sobre compatibilidade de almas. Acredito que lá dentro algumas pessoas se encontram porque estava no destino acontecer. É lindo de assistir. Essa é a parte mais bonita. Quando, mesmo sendo adversários, eles se incentivam, lutam e vibram com a vitória do outro nas provas.
Mas há o lado sombrio também. Onde os piores monstros internos se mostram. Onde traumas antigos se despertam. Onde a natureza urge. Onde a pessoa não controla as ações. Essa é a parte cruel do programa.
Pessoas sendo julgadas. Tendo psicológicos atacados. Pessoas inocentes levando bronca. Deixando de curtir uma festa para curtir a fossa. Deixando de sorrir para secar a lágrima.
Conseguimos admirar pessoas reais. Independente do número de seguidores em redes sociais, independente de história de sucesso ou fracasso aqui fora. Nos conectamos com eles, “nos tornamos amigos” de alguns, criamos o tal do “ranço”, por outros.
É a vida real sendo filmada. Existe manipulação no BBB? Essa é a pergunta que não posso responder com fidelidade, acredito que não. Existe muito coração e entrega. Choro e alegria.
Aprendemos com o Big dos Bigs que sermos nós mesmos conquista mais pessoas que sustentar um personagem para agradar ao público. Afinal, todo mundo está ligado. Nós sabemos quem é de verdade e quem não.
Aprendemos que, independente das alianças criadas, conseguimos nos ressignificar quando tudo parece acabado. Quando todos viram as costas. Quando perdemos a esperança, mas não perdemos a confiança em nós mesmos.
Algo muito forte e importante que o Big Brother Brasil nos mostrou é que: seja você, banque o que você é, se ame e acredite em si. (Por mais clichê que isso possa parecer). Porque, mesmo na vida, que não existem câmeras, existem pessoas que sempre estão de olho em ti.
E você?
Se pudesse escolher
Entre o bem e o mal, ser ou não ser?
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