Quem acompanha a minha coluna sabe que falo bastante de Redes Sociais por aqui, afinal Marketing Digital tem tudo a ver com isso. Mas você sabe qual foi a primeira rede social criada? Não?! Então vem comigo, vou contar uma breve história das nossas queridíssimas.
A primeira rede que materializou a vontade de reencontrar pessoas, foi o Classmates em 1995. Muito utilizada nos Estados Unidos e Canadá, o site tinha um layout bem simples e um objetivo definido: possibilitar reencontros entre amigos que estudaram juntos, seja na escola ou na faculdade.
Mas quem inaugurou o modelo de rede social como conhecemos hoje, com perfis, envio de mensagens privadas, adição de contatos e publicações em “murais”, foi o Six Degrees em 1997 – 2001.
Com esse conceito estabelecido no mercado e com seu grande sucesso lá fora, o Six Degress abriu portas para novas plataformas. E com isso, em 2002 tivemos a inauguração de Friendster, que foi um sucesso absoluto em seu lançamento, chegando a alcançar 3 milhões de usuários.
O Friendster foi além de reencontrar amigos, se consolidou também como um canal para viabilizar novos relacionamentos, fazendo com que as pessoas encontrassem interesses românticos entre os amigos de seus amigos. (Isso te lembra algo?! 😉)
Receberam inclusive uma proposta de compra do Google, por R$60 milhões, que foi recusada. Infelizmente, o servidor não suportava tantos acessos, acarretando no fim da plataforma anos depois e dando espaço para o avanço de novos concorrentes.
Em 2003, nasce o MySpace, como a primeira tentativa de aprimorar as funções do Friendster. E conseguiu, se tornando pioneiro no sentido multimídia das redes sociais, pela possibilidade de customização dos perfis com diversos recursos, como fotos, vídeos, músicas e a presença de um blog para o usuário atualizar.
Essa possibilidade de publicar músicas nos perfis dos usuários, acabou transformando a plataforma em uma rede social musical, onde artistas, tanto desconhecidos quanto os já famosos, podiam divulgar prévias de seus lançamentos, além de faixas exclusivas para a web atraindo desta forma, também os usuários fãs. Em 2004, o MySpace já havia ultrapassado o Friendster, se tornando a grande mania da época.
E foi enxergando essa segmentação de mercado como uma grande oportunidade, que ainda em 2003, surgiu também o LinkedIn. Essa rede social veio com uma proposta totalmente diferente, pois não tinha como objetivo reunir amigos, mas sim contatos profissionais.
Os profissionais das mais diversas áreas usam o LinkedIn, até os dias de hoje, não somente como um currículo virtual, mas também como um meio de divulgar conteúdos de autoria própria para gerar credibilidade em sua área de atuação. Além de manter um Network ativo e ter acesso as oportunidades de trabalho, essa grande rede está sempre se atualizando e tem planos para se tornar um canal profissional único no futuro, realizando inclusive entrevistas e contratações através da plataforma.
Em todo este cenário, apesar de pioneiro e bem sucedido, nem se compara ao “boom” das redes sociais iniciado em 2004, onde temos o surgimento das duas redes de relacionamento mais famosas até hoje: Orkut e Facebook.
No início do Orkut, apenas os usuários convidados tinham acesso ao serviço, causando grande expectativa no público em geral. Depois com a abertura da página para todos os internautas, virou um sucesso instantâneo, sendo inclusive adquirido pelo Google pouco tempo depois.
Com seu layout azul, com perfis, com o álbum de fotos, inicialmente, para 12 imagens, a sua grande inovação foi com as comunidades, na qual usuários apaixonados por temas em comum, podiam conversar em grupos exclusivos.
O Orkut passou por diversas reformulações, ganhou temas, jogos interativos, murais, gifs, álbuns com mais espaço, interação com bate-papo, feed de notícias. Mas nada disso foi o bastante para manter o Orkut no topo depois do lançamento do Facebook. Sendo assim, o Orkut foi descontinuado em Setembro de 2014, deixando saudades entre os brasileiros, pois fomos o País líder em número de usuários na rede.
Criado por Mark Zuckerberg em 2004, o Facebook foi se expandindo globalmente com uma ambição muito clara: criar um serviço que capturasse a totalidade da conectividade humana para estabelecer uma máquina definitiva de relacionamentos. E hoje é a maior rede social do mundo.
Desde 2006, a plataforma é liberada para qualquer pessoa maior de 13 anos, o “Face”, atualmente, conta com 2,6 bilhões de usuários ativos todos os meses, já virou tema de filme, livro, vendeu ações na bolsa de valores e é uma das companhias mais bem sucedidas do mundo. Definitivamente, dispensa apresentações.
Agora, me diz, você consegue se imaginar, hoje, assistindo a um vídeo na internet sem ser no YouTube? Há 17 anos ele simplesmente não existia. Era um terror pra achar um site confiável para baixar vídeos, demoravam uma eternidade para carregar e muitas vezes eram de baixa qualidade.
O YouTube chegou revolucionando as plataformas de vídeos, em 2005. Por lá os usuários podem fazer Upload, compartilhar e visualizar vídeos, além de salvar e seguir seus canais preferidos. O sucesso foi tamanho, que em 2006 o Google oficializou a compra da plataforma por U$1,65 bilhão.
E desde então ela apresenta um crescimento exponencial, pois se trata de uma rede social muito eficiente por possuir uma conotação literária. Ou seja, o conteúdo postado lá tem maior longevidade do que nas demais redes sociais e já virou um hábito entre os usuários, buscar informações no YouTube, assim como pesquisam no Google.
No ano de 2006, o Twitter chega mudando um pouco o conceito de rede social. Criando um serviço de mensagens de apenas 140 caracteres, como uma espécie de microblog, por onde os usuários podem seguir quem é do seu interesse e compartilhar frases, pensamentos, sentimentos, de forma rápida.
O Twitter se reinventa todos os dias e mantém um público fiel até hoje. Aumentou o número de caracteres, possui stories e além de ser uma fonte de notícias e é a prova do quanto a internet e a TV ainda estão interligadas. Uma vez que os trending topics geralmente estão relacionados as atrações da televisão e da mídia no geral, sendo possível assim, se trabalhar estratégias de Marketing crossmedia.
Já em 2010, explorando uma das característica mais marcantes nos seres humanos, que é: somos seres extremamente visuais. Temos a chegada de duas das maiores plataformas de imagens conhecidas hoje, o Pintereste o Instagram.
O Pinterest permite que os usuários compartilhem e gerenciem imagens em categorias diversas, como moda, viagens, empreendedorismo, decoração, alimentação, desenhos autorais, tatuagens e o que mais você puder imaginar. É definitivamente uma rede social para se inspirar, podendo salvar suas preferências e conhecer outros trabalhos.
Já o Instagram.. Bom, que o nosso querido “Insta” é uma plataforma espetacular, não há dúvidas! Mas seria irresponsável resumi-lo em um parágrafo. Por tanto, vos convido a acompanhar a coluna #Descomplicalara, em breve trarei um texto só dele. Apresentando a história, as principais características, e uma explicação de cada ferramenta e cada estratégia de Marketing, que podem ser trabalhadas para que a sua empresa obtenha sucesso no digital.
Obviamente que tem muito mais para se analisar, afinal não mencionei também os blogs, como o fotolog e o Flogão, muito menos nossos queridos mensageiros que também fizeram história como o ICQ e o MSN. Além de outras redes sociais, mais recentes, porém com menor relevância no mercado.
Concluo então, que a história das mídias sociais não é apenas uma curiosidade. Esse conhecimento nos permite contextualizar os processos de comunicação e as dinâmicas de consumo de cada época. Assim, é possível desenvolver também uma melhor percepção sobre o comportamento do usuário-consumidor, para planejar campanhas mais relevantes ao público, já segmentado.
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