Certa vez em uma roda de conversa, uma psicóloga estava tentando explicar sobre a diferença entre empatia e compaixão. Tentou exemplificar como a compaixão é algo mais profundo, algo relacionado a sentir a dor do outro como se fosse a sua. Já a empatia era algo muito dito, porém pouco praticado. Empatia e se propor a entender o sentimento do outro.
Visto que a diferença entre ambas as palavras é praticamente mínima, podemos observar certas coisas. Atualmente estamos em um cenário de pandemia, sim, meu caros… Ainda, e com isso o entretenimento está restrito.
Confesso que quando era mais nova assisti o Big Brother Brasil - BBB, mas depois perdi o interesse. Ano passado na quarentena me rendi. Foi ótimo, foi uma edição muito incrível como a produção identifica.
Esse ano a proposta dos organizadores era fazer uma edição histórica. Com diversidade de gênero, cultura, raça, valores, etc. Pois bem, mas eles não contavam o tanto de conflito que todo esse choque de realidade causaria.
A partir de agora, meus caros leitores, quem não acompanha, me perdoe, eu tive que cortar o resumão porque iria ficar muito grande. Então quem assiste vai entender melhor.
O Lucas, um menino novo e visivelmente com problemas de saúde mental, chegou a revelar que teve depressão. Causou vários conflitos na casa. Karol por sua vez, uma mulher madura, mãe, militante, resolveu que iria educá-lo de uma forma extremamente agressiva verbalmente.
Não foi ela. Todos da casa o julgaram. Todos viraram as costas para ele. Ela os manipulou ao ponto de mandar o menino sair da mesa e ninguém fazer nada.
Karol perdeu totalmente a noção. Perdeu a compostura. Perdeu a classe. Perdeu a mão. Lucas errou, pediu desculpas e não foi perdoado.
Gilberto, um homem gay, atualmente sem problemas com sua sexualidade. Teve um momento de carinho com Lucas. Se beijaram. Todos questionaram Lucas novamente.
A pressão psicológica dói tanto quanto a física, ou até mais. Lucas saiu da casa.
Karol quis de todas as formas formar casal com Acrebiano. Espalhou para casa que ele a seduziu e também que Carla estava o querendo. Todos acreditaram em Karol.
Carla se impôs. Falou a verdade. Juliette não pode abrir a boca, pois o sotaque e o jeito dela irritam Karol. Juliete é uma advogada e maquiadora incrível que somente não consegue ser ouvida por seu sotaque, pelo seu sotaque, entenderam?
Não posso falar muito. Não estou aqui para defender e muito menos julgar ninguém. O que quero expor é a falta de empatia que estamos vivendo. Lá são 20 pessoas com câmeras. E na vida real? Quantas pessoas estão falando e desejando o mal?
Temos que falar sobre os Lucas;
Temos que dar fala para as Julietes;
Temos que propor ajuda para as Karois;
Temos que amparar os Acrebianos;
Temos que ouvir as Carlas;
Temos que respeitar os Gilbertos;
Temos que aprender com as Saras;
Temos que ter empatia como os Tiagos, apresentador que se emociona com os participantes;
Temos que nos colocarmos no lugar do outro.
Enfim, precisamos entender que o ser humano está em constante evolução. Parar de apontar os erros e aprender com eles. Parar de querer ser melhor que o outro e acabar sendo soberbo.
Vamos ter mais amor ao próximo… Eu sei, eu sei! Não é tão fácil ser um ser humano evoluído em um mundo em que vivemos, mas não custa nada tentar um pouquinho, né?
Me conta, o que você tem feito de bom para o próximo? E encerro esse texto, com uma frase que, no momento, não me recordo o autor: ensina seu filho que a dor do outro não é brincadeira.
Beijos e até a próxima! ;)
Fotos: Reprodução / Globo
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